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A história do Game Boy: o portátil pioneiro da Nintendo

Como o Game Boy conseguiu superar a desconfiança interna e se transformar em um fenômeno da Nintendo, que abriu caminho para os portáteis e até os jogos mobile

Felipe Lobo Por Felipe Lobo
11 de setembro de 2024 às 10:00
em Retro Games
Tempo de leitura: 19 minutos
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A filosofia da Nintendo não é olhar para o que há de mais avançado, mas utilizar tecnologia madura que possa ser produzida em massa a baixo custo. Para a Nintendo, jogabilidade envolvente e inovadora era algo mais importante do que ter gráficos avançados ou maior poder de processamento. É uma filosofia que a empresa tem até hoje, mas foi no final dos anos 1980 que essa ideia teve o seu melhor exemplo, quando a Nintendo decidiu fazer um console portátil que mudaria a história: o Game Boy.

Como nasceu o Game Boy

O primeiro console portátil com cartuchos intercambiáveis foi o Microvision, lançado em 1979 pela Milton Bradley. Ele certamente teve influência na Nintendo, especialmente pensando no que viria a ser o Game Boy. Mas antes disso, a Nintendo lançou um portátil bem mais simples: o Game & Watch, lançado em 1980.

A ideia do Game & Watch foi de Gunpei Yokoi e nasceu de uma viagem de trem. Ele viu um executivo entediado brincando com a sua calculadora para passar o tempo. Daí nasceu o Game & Watch, portátil de jogos únicos, bastante simples e que também funcionava como relógio, como o nome diz.

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O Game & Watch teve 60 jogos diferentes lançados e foi um sucesso, com mais de 40 milhões de unidades vendidas no mundo todo. Só no Japão, o portátil vendeu quase 13 milhões de unidades.

O presidente da Nintendo, Hiroshi Yamauchi, queria que a Research and Development 1, que chamaremos só de R&D 1 a partir de agora, desenvolvesse um sucessor para o Game & Watch. Só que Yamauchi queria uma diferença crucial: que o novo portátil permitisse que vários jogos fossem jogados neles, e não apenas um, como o antecessor.

O Game & Watch foi uma experiência muito bem-sucedida da Nintendo como dispositivos com jogo único. Só que o sucesso do Famicom, o NES, faria com que a empresa pensasse em algo diferente dos portáteis anteriores.

A essa altura, a Nintendo era um colosso dos games. O Famicom, lançado no Japão em 1983 e nos Estados Unidos como NES em 1985, mudou o jogo, inclusive dentro da Nintendo. Até ali, o R&D 1 era o grupo que mais tinha trazido sucessos à Nintendo, como o Game & Watch. Mas foi o R&2 2, comandado por Masayuki Uemura, que criou o Famicom e transformou a Nintendo.

O Game & Watch continuava tendo sucesso ao redor do mundo, mas o interesse no portátil caiu no Japão após 1983 com o lançamento do Famicom. Não só o console de mesa mudou isso: o mercado estava inundado com clones do portátil da Nintendo e a tecnologia parecia ultrapassada.

Yokoi era conhecido por sua filosofia de “engenharia de brinquedos” — usar tecnologia existente de maneiras inovadoras e econômicas. Ele acreditava que a verdadeira inovação não vinha necessariamente da tecnologia mais avançada, mas sim da criatividade em como usá-la. Isso foi fundamental no desenvolvimento do Game Boy, mas também é uma marca da Nintendo até hoje.

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A equipe de Yokoi optou por um design que usava um processador Z80 modificado, que era mais barato e mais eficiente do que os processadores mais avançados usados pelos concorrentes.

Em vez de uma tela colorida, que era cara e consumia muita energia, o Game Boy usava uma tela de matriz de pontos monocromática. Isso ajudou a manter o custo baixo e a vida útil da bateria alta. Mas para chegar nisso, o processo foi longo.

Uma história de traição

Antes de chegar ao projeto que se tornaria o Game Boy, as pesquisas da R&D 1 começaram ainda em 1984 para algo diferente, e não mais uma continuação do Game & Watch. Com a missão dada por Yamauchi, o desenvolvimento começou oficialmente no dia 10 de junho de 1987 por Gunpei Yokoi e sua equipe do R&D1.

A primeira decisão tomada foi usar uma tela de matriz de pontos monocromática, a dot matrix. Foi daí que surgiu o primeiro nome do projeto: DMG, ou dot matrix game.

O R&D1 procurou sua parceira, Sharp, que fazia as telas do Game & Watch. A empresa de eletrônicos fabricava diversas calculadoras que usavam um tipo de tela similar e foram feitos diversos testes. Havia uma dificuldade grande em fazer os jogos rodar e houve até a ideia de usar uma tela de TV preta e branca da Sharp, mas os custos tornaram essa escolha inviável.

A Nintendo procurou outras marcas, mas nenhuma pareceu interessada no projeto. Foi então que surgiu uma parceira inesperada: a Citizen, marca conhecida por seus relógios. A apresentação da empresa impressionou os executivos da Nintendo pela capacidade tecnológica da tela proposta pela Citizen.

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A Citizen trouxe duas opções: uma em preto e branco, mas barata, e uma colorida, que custava o triplo do preço. Mas a opção não foi apenas econômica: a tela colorida também gastaria mais bateria, algo que a empresa tratava como um ponto crucial para o sucesso do Game Boy.

Em respeito ao bom relacionamento que tinha com a Sharp, a Nintendo procurou a empresa para saber se ela tinha como oferecer algo similar ao que a Citizen propôs. A resposta não satisfez a Nintendo, que não considerou o projeto da Sharp bom o suficiente. Depois de negociar o preço com a Citizen, que reduziu o custo de cada tela, o acordo foi apalavrado com Gunpei Yokoi, chefe da divisão R&D 1.

Parecia tudo certo, mas o Game Boy não teria tela da Citizen. A Sharp não desistiu da ideia e procurou o presidente da Nintendo, Hiroshi Yamauchi, que acabou convencido. Yokoi foi chamado por Yamauchi e instruído a fechar com a Sharp, mesmo depois de ter chegado a um acordo com a Citizen.

Uma curiosidade é que o departamento de R&D 1 tentou enrolar a Citizen. Disse que a Sharp fabricaria a tela do seu GMD, futuro Game Boy, mas que a Citizen faria o próximo portátil, a ser desenvolvido um ano depois, que seria em cores. O projeto era falso, a Nintendo não tinha essa intenção. Só que a Citizen percebeu que estava sendo enrolada e buscou outro caminho.

Quando a Sega lançou o seu Game Gear, em 1990, a Nintendo percebeu que o projeto era muito similar ao projeto falso que eles falaram para a Citizen. Sim, o Game Gear usou o projeto que a Citizen recebeu da Nintendo e criou o que seria o concorrente do Game Boy.

A guerra de egos dentro da Nintendo

Gunpei Yokoi é atribuído como criador do Game Boy, mas a sua concepção nasceu de quatro pessoas: Tekehiro Izushi, Yoshihiro Taki e Satoru Okada, além, claro, de Yokoi. E embora Yokoi fosse o chefe da R&D 1 e seja considerado o pai do Game Boy, o projeto foi muito diferente do que ele queria.

Yokoi queria que o Game Boy fosse um sucessor direto do Game & Watch, mantendo o padrão de simplicidade dos jogos, com curto ciclo de vida e sendo substituído pouco tempo depois. A inspiração de Yokoi era o Microvision, o primeiro portátil com cartuchos intercambiável, feito pela Milton Bradley Company e lançado em 1979, antes mesmo do próprio Game & Watch.

Quem defendeu que o Game Boy tomasse outro rumo foi o braço direito de Yokoi na R&D1, Satoru Okada. Okada defendia que o projeto deveria se parecer mais com o Famicom, projeto da R&D2, do que com o Game & Watch. Enquanto Yokoi pensava no projeto apenas com jogos da própria Nintendo, era Okada que pensava que o sistema tinha que ser como o Famicom também por atrair desenvolvedoras externas, uma das razões do sucesso do console de mesa da Nintendo.

Enquanto Yokoi queria um dispositivo simples e que se parecesse mais com um brinquedo, Okada achava que era preciso ser uma espécie de Famicom portátil, levando as principais características do console para o portátil.

As razões da resistência de Yokoi não eram técnicas: era pura vaidade. Havia uma rivalidade forte dentro da Nintendo entre a R&D1, criadora do Game & Watch e por muito tempo visto como o setor que salvou a Nintendo, e a R&D2, criadora do Famicom e que transformou a Nintendo no colosso dos games que conhecemos.

Yokoi não queria que o seu departamento fizesse nada que se parecesse com o departamento rival. Como se os dois departamentos não fizessem parte da mesma empresa. Okada precisou convencer Yokoi que buscar a aproximação com o Famicom era o melhor caminho. Depois de muito insistir, Yokoi foi convencido e Okada se tornou responsável pelo projeto do Game Boy.

A visão de Okada seria levada adiante, mas Yokoi foi importante no processo interno, no convencimento do presidente da Nintendo e nas negociações com os fornecedores, além de também dar suas ideias em relação a jogos.

Mais do que ma inspiração no Famicom

A Sharp foi responsável não só pela tela do Game Boy, mas também pela CPU e chip de áudio. A semelhança com o NES não é por acaso. Tanto a CPU quanto o chip de áudio foram inspirados no console de mesa e o portátil tinha uma capacidade técnica similar ao Famicom, o que é um trabalho espetacular de engenharia considerando o seu tamanho.

Os primeiros protótipos não foram empolgantes. Os próprios funcionários da Nintendo consideraram que o projeto não parecia ter futuro. A escolha de uma tela em preto e branco parecia datada já naquela época, quando as telas coloridas já dominavam até dispositivos portáteis de TV.

Curiosamente, outra empresa tentou vender suas telas para a Nintendo: a Epyx, que teve o projeto recusado. Ela levou para a Atari, que criaria com essa mesma tela o Atari Lynx, lançado em 1990, outro concorrente do Game Boy entre os portáteis.

O hardware seria bom o bastante para o Game Boy ser uma plataforma desejada por desenvolvedores, que receberam da Nintendo kits de desenvolvimento, manuais de instrução sobre o seu funcionamento e suporte técnico. Tudo isso foi fundamental para que as desenvolvedoras quisessem trabalhar com o Game Boy.

Foi no dia 1º de junho de 1988 que o projeto DMG ganhou o nome que conhecemos: Game Boy. A origem do nome tem duas histórias e nada impede que as duas sejam verdadeiras.

O nome do Game Boy teria sido inspirado no Walkman, da Sony, outro dispositivo portátil popular na época. A Nintendo queria que o nome transmitisse a ideia de um brinquedo portátil.

Game Boy também era o nome de uma revista de videogames no Japão da época, que não tinha o nome registrado como marca. Para não ter problemas com a revista, a Nintendo prometeu comprar publicidade em todas as edições a partir dali. A revista Game Boy durou até 1994. O console Game Boy duraria bem mais.

Game Boy cancelado?

Quando o projeto do Game Boy foi finalmente apresentado ao presidente Yamauchi, enfrentou um dos seus maiores problemas. Não só não gostou do projeto, achou a tela ruim e cancelou imediatamente o Game Boy. Apesar de Yokoi ter tentado convencer o executivo a seguir, ele estava irredutível. O projeto estava cancelado.

Para Yoshihiro Taki, um dos idealizadores do Game Boy, o que aconteceu foi que muita gente dentro da Nintendo convenceu o Yamauchi que o projeto não só não era bom e não funcionaria, mas causaria danos financeiros à empresa e mais ainda, danos irreparáveis à reputação da companhia.

Com isso, Yamauchi estaria muito mais propenso a cancelar o projeto antes mesmo da apresentação, procurando qualquer problema para usar como desculpa para encerrar aquela ideia.

Para Taki, o motivo para tudo isso era uma disputa de poder. Yokoi era visto como um potencial substituto de Yamauchi, que envelhecia e precisaria ser substituído. Prejudicar o projeto do Game Boy também prejudicaria Yokoi para impedir que ele assumisse o comando da empresa. Seria, assim, uma disputa de poder.

Mesmo sem autorização, a equipe R&D1 continuou a buscar uma forma de trazer o projeto Game Boy de volta. A equipe trabalhou com a Sharp para melhorar a tela do produto e conseguiu: uma nova tela desenvolvida pela fabricante resolvia o problema do ângulo de visão.

O projeto foi levado para a fábrica da Nintendo para algumas pessoas de confiança e foi feito um protótipo sem o conhecimento da maior parte da empresa. O protótipo foi mostrado a poucas pessoas de confiança, para que a informação não vazasse.

Só então que Gunpei Yokoi levou o produto para o presidente Hiroshi Yamauchi. Desta vez, a visibilidade da tela era melhor. Mesmo que Yamauchi não tenha ficado impressionado com o projeto, ele entendeu que o produto era bom o bastante para ir ao mercado e levar uma boa experiência de jogos. Yokoi conseguiu: o Game Boy foi aprovado.

Todo o trabalho de bastidores de Yoshihiro Taki, Takehiro Izushi e Gunpei Yokoi de não desistir do Game Boy valeu a pena. O projeto voltou a existir e agora o desafio era lançar.

A aprovação também contou com uma maré de sorte. O Super Famicom estava com o desenvolvimento atrasado. Levaria ao menos dois anos até o lançamento e Yamauchi estava preocupado que os consumidores migrassem do NES para o Mega Drive, lançado em 1988, e o PC Engine, lançado em 1987.

Lançamento do Game Boy é um sucesso

A Nintendo correu para conseguir colocar tudo em ordem. Os designers criaram o visual do Game Boy, inspirado no NES. No dia 11 de janeiro de 1989, o Game Boy recebeu aprovação do FCC, Federal Communications Commission, que precisa aprovar todos os produtos eletrônicos. Assim, a produção finalmente começou, dois meses antes do lançamento no Japão e seis meses antes de lançar nos Estados Unidos.

No dia 17 de fevereiro de 1989, a Nintendo anunciou oficialmente o Game Boy à imprensa japonesa. Um dos trunfos estava na bateria, uma prioridade desde o início do projeto: duração de 15 horas continuamente, ou 30 hortas se fossem usadas pilhas alcalinas. Um feito para a época e perfeito para um dispositivo móvel.

O preço de lançamento acabou sendo mais alto do que o esperado pelos aumentos dos preços da tela e da memória RAM. Em vez dos 10 mil ienes, que era o objetivo, o preço acabou sendo de 12.500 ienes, algo em torno de 85 dólares na época. Para aliviar no preço, a Nintendo mudou o pacote: o Game Boy viria com fones de ouvido e 4 pilhas.

O Game Boy foi finalmente lançado no dia 1º de abril de 1989 no Japão e se tornou imediatamente um sucesso absoluto. Das 250 mil unidades colocadas à venda, a maioria foi vendida no primeiro dia. Segundo informações da época, uma loja de Tóquio vendeu mais de mil unidades do Game Boy em poucas horas.

No momento do lançamento no Japão, só havia quatro jogos disponíveis: Alleyway, Baseball, Yakuman e Super Mario Land. O jogo do Mario venderia mais de 18 milhões de cópias pelo mundo.

O lançamento do Game Boy nos Estados Unidos veio um pouco depois. No dia 31 de julho de 1989, o Game Boy chegou à América do Norte e também foi um sucesso imediato, com preço de 89 dólares.

No lançamento americano, havia cinco jogos. Três deles iram iguais ao Japão: Alleyway, Baseball e Super Mario Land, além de Tennis e Tetris. Os três últimos tinham suporte ao game link, acessório que permitia ligar dois Game Boy para transformar os jogos em Multiplayer.

No Japão, o Game Boy não vinha com nenhum jogo. Nos Estados Unidos, a escolha foi colocar Tetris como jogo dentro do pacote. Essa ideia mudou graças a um nome crucial nessa história: Henk Rogers.

Henk Rogers viu Tetris em uma feira de negócios em Las Vegas. Rogers percebeu o potencial de Tetris e viajou até a União Soviética para negociar e conseguir os direitos de Tetris para consoles. Com isso em mãos, a Nintendo pôde colocar no Game Boy.

Foi Rogers que convenceu Minoru Arakawa, presidente da Nintendo of America, que Tetris era uma escolha melhor do que Super Mario Land para ser vendido junto com o Game Boy. A frase que ele disse e que ficou famosa foi: “Um jogo do Mario venderia o jogo para garotos, Tetris venderia para todo mundo”.

Isso tornou o sucesso do console ainda maior. A Nintendo gastou 20 milhões de dólares na campanha de marketing nos Estados Unidos. Com isso, era quase impossível passar batido pelo Game Boy por lá.

A escolha de Tetris para o Game Boy foi um golaço da Nintendo. Foram vendidas 35 milhões de unidades do jogo para o Game Boy, o que o tornou o segundo mais vendido do console, perdendo apenas para Pokémon e suas diferentes cores, com 46 milhões de unidades somando Red, Green, Blue e Yellow. Um feito impressionante.

Ao final de 1989, a Nintendo tinha vendido mais de 1,1 milhão de unidades do Game Boy só nos Estados Unidos. E conseguiu mudar também a demografia dos videogames: 46% dos donos de Game Boy eram mulheres. A idade média dos jogadores de Game Boy estava acima dos 30 anos. O Game Boy furou a bolha das crianças e jovens e popularizou os games para todo mundo.

A febre Pokémon

Em 1996, o Game Boy já era um grande sucesso, mas o seu principal trunfo ainda estava por vir. No dia 27 de fevereiro, foi lançado no Japão Pocket Monsters Red and Green, que hoje conhecemos como Pokémon.

O sucesso foi imediato. O jogo era perfeito para o Game Boy, com uma jogabilidade divertida e ainda usando o link cable para jogar em multiplayer e trocar pokémons.

A primeira série de jogos Pokémon, Red, Green, Blue e Yellow, venderam de forma avassaladora: mais de 46 milhões de cópias. É o jogo mais vendido da história do Game Boy.

Pokémon se tornou uma febre e nunca mais parou de ser lançado. São nove gerações de jogos Pokémon, que se expandiram para produtos licenciados, desenho animado e muito mais. A Nintendo descobriu uma mina de ouro.

Jogos de sucesso do Game Boy

Mas nem só de Pokémon viveu o Game Boy. Ao longo de sua vida útil, o Game Boy teve uma vasta biblioteca de jogos, com mais de 1.000 títulos lançados, muitos clássicos que se tornaram lendários e são grandes jogos até hoje.

Alguns dos jogos mais notáveis lançados para o Game Boy incluem:

  • Tetris (1989): O jogo de quebra-cabeça que ajudou a definir o Game Boy e se tornou um clássico atemporal.
  • Pokémon Red e Blue (1996): Esses jogos foram fundamentais para o sucesso global da série Pokémon e ajudaram a definir uma nova era para o Game Boy.
  • Final Fantasy Legend (1989): lançado como SaGa no Japão, o jogo foi marcante no gênero de RPG e ajudou a popularizar o estilo.
  • Kirby’s Dream Land (1992): o primeiro jogo da história de Kirby, personagem lendário da Nintendo, foi no Game Boy, em um jogo cultuado de plataforma.
  • The Legend of Zelda: Link’s Awakening (1993): Um dos melhores jogos de Zelda em um console portátil, aclamado por sua jogabilidade e narrativa.
  • Super Mario Land (1989): Um jogo de plataforma que trouxe a experiência de Mario para um formato portátil.
  • Metroid II: Return of Samus (1991): Outro título marcante que expandiu a série Metroid para o portátil.
  • Donkey Kong (1994): Uma versão portátil do clássico jogo de arcade que também introduziu novos níveis e desafios.
  • Até clássicos de luta, como Mortal Kombat e Street Fighter 2 ganharam versões para o Game Boy, lembrando o que aconteceu aqui no Brasil com o Game Gear e o Master System.

Game Boy se tornou o console mais vendido da história na sua época

Mesmo tecnologicamente inferior a todos os seus concorrentes, como o Game Gear, o Atari Lynx, o PC Engine GT, conhecido nos Estados Unidos como TurboExpress, e o Neo Geo Pocket, o Game Boy simplesmente destruiu a concorrência e se tornou um dos consoles mais longevos da história.

O preço foi um ponto chave. O Game Boy foi lançado a 89 dólares, enquanto o Game Gear, seu principal concorrente, custava 150 dólares. O Atari Lynx, outro concorrente, custava 180 dólares. O TurboExpress, da NEC, custava 300 dólares.

Todos eles tinham o mesmo problema: eram maiores e menos portáteis que o Game Boy, consumiam mais pilhas e tinham uma duração de bateria menor. Pra se ter uma ideia, enquanto o Game Boy durava 15 horas, o Game Gear durava no máximo 5 horas.

Se compararmos os números de vendas do Game Boy com os concorrentes, é um massacre. O Game Boy e o Game Boy Color venderam mais de 188 milhões de unidades. O Game Gear, da Sega, vendeu cerca de 11 milhões de unidades. O Atari Lynx tem números diferentes em cada fonte, mas vendeu entre 500 mil e 2 milhões de unidades. O Turbo Express vendeu 1,5 milhão de unidades. O Neo Geo Pocket vendeu 2 milhões de unidades. Nenhum deles foi páreo para o Game Boy.

Depois de ser lançado em 1989, o Game Boy só foi descontinuado em 2003, depois de 14 anos sendo absolutamente dominante no setor. Durante todo esse período, o Game Boy foi o console mais vendido de todos os tempos.

As 118 milhões de unidades vendidas estão na lista de consoles mais vendidos em todos os tempos. O Game Boy foi ultrapassado apenas por três outros consoles: o Playstation 2, o console mais vendido da história, com 155 milhões de unidades; e outros dois consoles da Nintendo que surfaram no mercado que o Game Boy ajudou a estabelecer: o Nintendo DS, com mais de 154 milhões de unidades, e o Nintendo Switch, com mais de 143 milhões (e contando).

Game Boy no Brasil

A partir de 1990, importadores independentes começaram a trazer o Game Boy ao Brasil. Em setembro de 1991, a C Itoh, importadora especializada em trazer calculadoras científicas ao Brasil, trouxe uma leva de Game Boy que foram vendidos exclusivamente na Mesbla.

Havia a ideia de fabricação no Brasil, na Zona França de Manaus, mas isso nunca aconteceu. Foi só em abril de 1994 que o Game Boy chegaria oficialmente ao Brasil pela Playtronic, a representante oficial da Nintendo por aqui que era formada por Gradiente e Estrela. O preço? 120 dólares na época.

A Playtronic, depois a Gradiente, já sozinha na parceria, traria todos os Game Boy ao Brasil nos anos seguintes.

Sucessores do Game Boy

Com o sucesso que o Game Boy fez, a Nintendo lançou mais versões. Em 1996, foi lançado o Game Boy Pocket, uma versão menor, como o nome já indica, com melhorias da bateria e também da tela, mais parecida com um preto e branco original, e não em tons esverdeados.

Em 1998, foi lançado o Game Boy Light, exclusivamente no Japão. Um pouco maior que o Game Boy Pocket, ele tinha como trunfo a iluminação atrás, o que ajudava a jogar em ambientes escuros.

Ainda em 1998, foi lançado o Game Boy Color, que trazia a tela em cores. O console trazia melhorias no processador, além da tela, e era totalmente retrocompatível com os jogos do Game Boy original, o que foi um grande trunfo.

A versão seguinte chegou em 2001, com o Game Boy Advance, o primeiro a receber uma melhoria significativa em termos de hardware. O console ainda ganharia duas versões, o Game Boy Advanced SP e o Game Boy Micro, em 2003 e 2005.

Foram os últimos Game Boys lançados. A Nintendo lançaria o Nintendo DS em 2004, outro console que seria um enorme sucesso, que seria seguido pelo Nintendo 3DS. Mas essa é uma história para outro dia.

Curiosidades: Game Boy teve até impressora portátil

Impacto Cultural: O Game Boy se tornou um ícone cultural, aparecendo em filmes, programas de TV e sendo mencionado em músicas. Ele também foi o console que introduziu muitas pessoas aos jogos portáteis, ajudando a moldar o futuro dos videogames móveis.

Design: O design do Game Boy foi pensado para ser robusto e durável. Um Game Boy original, que sobreviveu à explosão de uma bomba durante a Guerra do Golfo, ainda funciona e está em exibição no Museu da Nintendo em Nova Iorque.

Conexão Multijogador: O Game Boy foi um dos primeiros consoles a permitir jogos multiplayer através de um cabo link, uma inovação que permitia que dois jogadores competissem ou cooperassem em jogos como “Pokémon”.

Game Boy Camera e Printer: A Nintendo lançou acessórios únicos para o Game Boy, como a Game Boy Camera e a Game Boy Printer, que permitiam aos jogadores tirar fotos em preto e branco e imprimi-las em pequenos adesivos.

Essas curiosidades mostram como o Game Boy não só foi revolucionário em termos de design e tecnologia, mas também como ele deixou uma marca duradoura na cultura dos videogames e na sociedade como um todo.

Legado do Game Boy: abriu caminho para o Switch

O Game Boy não apenas estabeleceu a Nintendo como uma potência no mercado de consoles portáteis, mas também deixou um legado duradouro na indústria de videogames. Seu sucesso ajudou a pavimentar o caminho para futuros consoles portáteis e continua a ser um símbolo icônico dos videogames.

https://youtu.be/p3VkRStHbWg

 

Tags: Game BoyHistóriaNintendo
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Felipe Lobo

Felipe Lobo

Criador de conteúdo, jornalista, apaixonado por games e futebol. Gosta de contar histórias e valoriza a história do videogame. Entusiasta retrogamer e que gosta de um jogo de ação e RPG, mas não dispensa um jogo de corrida, futebol e estratégia desde Sim City.

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